terça-feira, 20 de julho de 2010

A abelha Lambe-olhos (Leurotrigona Muelleri)

Considerada a menor abelha do mundo com aprox. 1,5 milímetros, está espécie é encontrada em extinção em alguns locais onde ela é nativa.

Aqui em minha querida cidade de Mogi Mirim está espécie é encontrada em grande abundância, principalmente em proteções de fios nos postes de luz, onde ela acaba muitas vezes perecendo pois o calor esquenta absurdamente o ferro e derrete seu ninho. É encontrada também em muros de tijolo baiano, que é um espaço perfeito p/ seu enxame, e como o espaço é muito pequeno no meio do tijolo ela acaba soltando enxame muito rapidamente!
Eu possuo vários enxames desta espécie, onde a maioria foi capturado naturalmente, e as danadas acabam entrando em caixas e apetrechos muito grandes para seu pequeno ninho!
Aqui elas já habitaram uma jarra térmica velha no quintal, umas caixas iscas de jataí, e a melhor foi numa caixa que havia um enxame de Tubuna, que acabou perecendo, e está caixa é praticamente 50 vezes maior p/ seu pequeno ninho.
Muitas pessoas não sabem da tamanha delicadeza de seu enxame e acabam tentando retira-las de paredes e blocos, e quase sempre o enxame acaba morrendo por ser muito judiado.
Seu enxame é na maioria das vezes mediano e pequeno, demorando muito tempo para virar um enxame grande, pois penso eu que por elas serem muito pequeninas a produção de mel e estoque de pólen é muito devegar.
Mas aqui possuo enxames com mais de 10 anos em caixas, e estes enxames são de grande população de abelinhas, chegando a fazer bastante crias e grande acumulo de minúsculos potinhos de mel.
Tirei varias fotos abaixo mostrando a proporção de tamanho entre as lambe olhos (Leurotrigona Muelleri) ao lado de Mandaçaia e Uruçu Verdadeira, como minhas pequenas sabem o tamanho amor e dedicação que tenho com elas, elas ariscam a coletar alimento na palma de minha mão!
...
Potes de mel (enxame com mais de 10 anos)
Potes de mel (enx. c/ mais de 10 anos)
Grande numero de crias em cacho
Enxame médio (foto de outro meliponicultor)
Enxame em jarra térmica com 7 anos. (olhe a diferença entre ela e a Mandaçaia)

Em minha mão 2 Uruçus, 1 mirim droryana e 2 lambe-olhos, todas coletando mel.

Olhem o tamanho da lambe olhos!

Que coisa linda as pequeninas ao meio das gigantes!

2 x 1 ! nem assim!



Um abraço a todos!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

História da minha vida

Tudo começou com um menino de 10 anos, que amava muito a natureza e as coisas curiosas do meio ambiente. Certo dia sua tia foi comprar mel de um senhor que era apicultor a muitos e muitos anos, e ela ganhou uma pequena caixa com umas abelinhas amarelinhas que aquele senhor as chamava de Jataí.
Esse menino ficou encantado com tal beleza, e ficou doente de vontade de também ter uma daquelas abelinhas tão lindas. Assim sua família teve de pedir uma para ele também, e quando ele ganhou o presente ele vio que aquelas abelhas não eram amarelas mas sim pretinhas com o nome de Iraí e mesmo assim ele ficou muito feliz, tão feliz que passou a ficar o dia todo observando as abelinhas trabalharem incansavelmente.
O amor pelas abelhas foi aumentando de acordo com os anos, vizinhos e amigos sempre deixavam o menino retirar enxames destas abelhas por muros e sítios a fora, e um dia ele conheceu um homem bombeiro chamado Carlos Barreiro que também era apaixonado por abelhas sem ferrão, e o amigo apresentou para ele um abelha grande, preta com listras amarelas, com entrada de barro, lindíssima! Uma abelha sem ferrão chamada de Mandaçaia, a qual o menino pedio para sua mãe um enxame de presente de aniversário!
Era só alegria, o menino e sua paixão pela suas abelhas foram crescendo e crescendo cada vez mais! Ele aprendeu com seu amigo a manejar as abelhas sem ferrão, a multiplicá-las, a alimenta-las, a utilizar caixas racionais adequadas e acima de tudo a ama-las a cada dia um pouco mais.
O menino que já era um garoto foi crescendo e procurando conhecimento a cada dia, ele começou a trabalhar, ter seu próprio dinheiro, e suas abelhas aumentando a cada dia. Ele comprou novos enxames, madeira para fazer suas caixas, açúcar para fazer seu alimento artificial, ele foi buscando por aquilo que desde criança ele queria, o que ele sempre teve paixão, mesmo escutando sua família e amigos dizer "Que isso? abelhas? que hobby mais horrível!" "Pra que você cria abelha?"; e sem escutar ele buscou aquilo o que ele tinha em mente.
O garoto não era mais um simples garoto, mas sim um homem com uma paixão pouco normal, ele comprou de seu amigo uma nova espécie de abelha chamada Uruçu Verdadeira, e dela, ele pois na cabeça que iria conseguir outras espécies de Uruçu e abelhas diferentes por ai, e este homem era muito teimoso e motivado!
Logo ele tinha muitas outras espécies de abelhas sem ferrão em sua casa, na qual teve de passar até por uma pequena obra para abrigar um pouco mais de novos enxames. Onde este homem foi lendo muitos trabalhos de pesquisadores, livros, artigos, foi visitando outros meliponicultores e trocando enxames, foi se modernizando no que ele mais ama fazer...

Hoje ele possui Jataí, Iraí, Mandaçaia, Guaraipo, Boca-de-sapo, Tubuna, Mandaguari, Manduri, Marmelada, Mirim preguiça, Lambe olhos, Mirim Droriana, Mirim Emerina, Uruçu Verdadeira, Uruçu Amarela, Uruçu Cinzenta, etc;
O homem ainda sabe as características e o nome científico de todas as suas espécies e de muitas outras espécies de todo o Brasil, tendo como grande sonho ser um Meliponicultor conhecido mundialmente e podendo dispor dos produtos de suas abelhas para todos os fins!
O nome deste homem é Felipe Tirelli Manara, e com a graça de Deus ele vai alcançar seus sonhos e objetivos em sua vida! E mostrar a todos que a meliponicultura não é só uma forma de preservação ambiental, mais sim um amor insuperável as abelhas indígenas sem ferrão!
Com a ajuda de todos vamos mostrar ao Brasil a importância destas abelhas, e resgatar a antiga cultura de nossos ancestrais, os quais já manipulavam estás criaturas.
E nunca vamos desistir daquilo que sonhamos, pois tudo que você realmente deseja... um dia torna realidade!
...
Um grande abraço aos amigos que estão lendo minha história e em especial ao meu grande amigo e mestre Carlos A. Barreiro de Mogi Mirim - SP.





Abelha que anda pelo chão

Aqui vai mais um exemplo de espécie de abelha rara pelo mundo...

Abelha peruana anda no chão como formiga!
Os abelhões da floresta amazônica também marcam a trilha por onde passam.
Nunca se tinham achado abelhas que fazem trilhas no solo, como seus primos formigas e cupins. No máximo, algumas espécies sem ferrão são capazes de seguir sinais pelo cheiro emanado de suas companheiras em pleno ar. No entanto, no início do ano, James Whitfield e Sydney Cameron, pesquisadores do departamento de Ciências Biológicas e Entomologia da Universidade do Arkansas, Estados Unidos, anunciaram que um tipo raro de abelhão habitante da floresta amazônica do Peru, além de voar, anda no chão. A Bombus transversalis encontrada às margens do Rio Tambopata mora em ninhos (em vez de colméias) feitos de folhas e pedaços de raízes. A colônia estudada tem cerca de 350 operárias e uma única rainha. Enquanto uma parte delas sai durante o dia para colher o pólen das flores, outras 35 ficam encarregadas de abrir caminho no solo, em busca de material para a construção da colônia. Em trilhas de até 2 metros de comprimento, os abelhões andarilhos vão e vêm, parando apenas para investigar se há algum material útil pelo caminho. O ritmo do ziguezague é alucinante: o ninho cresce 2,8 milímetros por dia.

Muito interessante!

Espécies raras de abelhas

Uma rara espécie de abelhas solitárias cria o seu ninho de forma semelhante a um buquê primaveril, segundo avança um novo estudo. O ‘arranjo’, designado de ‘flor-sanduíche’, tem três camadas: uma de pétalas no exterior; em seguida, uma camada de lama e, finalmente, outra camada também de pétalas que revestem o interior da célula, segundo explicou o líder da investigação, Jerome Rozen, curador do departamento Zoologia de Invertebrados, no American Museum of Natural History, de Nova Iorque (EUA).

Célula fechada, com ninhada no interior (Imagem: J. Rozen)


O comportamento de nidificação colorido da Osmia avosetta foi descoberto no mesmo dia, por uma rara coincidência, por equipes da Turquia e do Irã, onde esta espécie é mais abundante. “Foi em absoluta sincronia que descobrimos este comportamento incomum”, revelou Rozen.

O curador do museu nova-iorquino e a sua equipe estavam trabalhando perto de Antalya, na Turquia, enquanto o outro grupo também se encontrava em campo, na província de Fars, no Irã. Os investigadores, de ambas as equipes, descreveram o comportamento destas abelhas na edição de fevereiro de 2010, da revista American Museum Novitates.

Abelha solitária da espécie Osmia avosetta. (J.Rozen)

As abelhas são os polinizadores mais importantes, e muitas plantas floríferas dependem delas para se reproduzirem, mas quase 75 por cento das espécies – e existem pelo menos 20 mil – são solitárias. As fêmeas Osima (Ozbekosima) avoseta envolvem as ninhadas com pétalas de rosa, flores amarelas, azul e roxo. As celas do favo fornecem nutrientes para as larvas crescerem e protege-as, enquanto esperam pelo inverno.

Isto significa que, para a maioria das abelhas, a fêmea constrói o ninho (que pode ser constituído por várias células) para si e para fornecer provisões para a ninhada. Quando o favo está pronto, a abelha deposita um ovo e fecha o ninho, se este tiver apenas uma célula. Geralmente, o ninho da Osmia avosetta tem uma ou duas células, na vertical, próximas da superfície, ou entre 1,5 e 5 centímetros perto do solo.

A construção é iniciada a partir do topo, onde cada célula tem pétalas sobrepostas, começando na parte inferior. Depois, recorre a um barro argiloso para forrar o ninho, com emplastros de camada fina (0,5 milímetro de espessura) e termina o revestimento com outra camada de pétalas. No final, aparece a sanduíche de pétala, construída no escuro.

Para proteger futura geração:

Depois de a estrutura física estar finalizada, a abelha reúne então uma mistura pegajosa de néctar e pólen e coloca-a no interior. O ovo é depositado na sua superfície, e a célula é fechada cuidadosamente, dobrando as pétalas no topo. O ninho é tapado com lama, deixando as larvas seladas num ambiente húmido que se vai tornando rígido e protegendo a futura geração, uma vez que come as rações, tece um casulo, e cairá num sono de dez meses até a primavera.

No entanto, os cientistas alertam que os ninhos encontrados, em chão aberto, “precisam ser protegidos de qualquer potencial ameaça, como a compactação do solo ou aquecimento excessivo. A sobrevivência desta espécie depende também da proteção contra fungos, vírus, bactérias, parasitas e predadores”.



Fonte: Ciência Hoje

terça-feira, 13 de julho de 2010

Meliponas e Trigonas internacionais

Pouco sabemos sobre abelhas sem ferrão de outros países do mundo, muitos de nossos queridos pesquisadores como o ilustre prof. Paulo Nogueira Neto fizeram diversos testes de levar nossas abelhas do Brasil para outros países do mundo para tentar aclimatadas. Mas muitas destas tentativas foram frustradas, ou depois de alguns anos os enxames acabaram perecendo.
Umas das abelhas sem ferrão de outros países conhecidas são a trigona Carbonaria Scaptotrigona) e a Melipona Beecheii ou XUNAN KAB como dizia Paulo N. Neto, ambas de origem Mexicana.

Trigona manejada em potes de barro.











Detalhe interno do enxame: muito polem e pouco mel.
Entrada de típica de Scaptotrigonas.

Linda foto.
Melipona Beecheii ou Xunan Kab sendo manejadas em cortiços de tronco.
Vista interna Melipona Beecheii: Enxame muito populoso
Melipona Beecheii abelha lindíssima.
Grande produtora de mel e polen no México.
Melipona Beecheii: guardas na entrada


Como são lindas estas abelhas sem ferrão do México, mas há também uma espécie de abelha que apareceu no programa Globo Repórter há alguns meses atrás, a quase instinta Abelha gigante de Brunei, para podermos ver está incrível abelha basta acessar o site:
http://www.globoreporter.com.br/ e pesquisar no site "Abelhas gigantes de Brunei" e assistir a matéria.
LINKS p/ ver sobre as Abelhas do México:
Um grande e caloroso abraço melipônico a todos, e até a próxima.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Comunidade entre abelhas

Muitos meliponicultores e outros amantes de abelhas sem ferrão tem duvida sobre uma "comunidade" formada por uma ou mais enxames de mesmo ou diferentes espécies de abelhas. Alguns dizem improvável enxames se ajudarem e trabalharem juntos se defendendo e construindo células de cria e potes de alimento, mas será que isto não seria possível?

Há vários relatos por ai que comprovam tal façanha entre as abelhas, como o fato dito pelo amigo Kalhil do RN, que relatou e fotografou a "comunidade" entre um enxame de Uruçu Verdadeira (M. Scutellaris) e um de Uruçu Amarela (M. Rufiventris).
O meu relato foi ocorrido a mais ou menos 6 meses atrás, entre uma Uruçu Verdadeira (M. Scutellaris) e uma Mandaçaia (MQA), onde as mandaçaias faziam até a vigilância na porta de entrada da Uruçu, e tem mais, elas ajudavam a Uruçu a construir potes de alimento, a fazer limpeza no enxame e etc.


Mandaçaia de guarda em Uruçu Verdadeira.





Infelizmente não cheguei a tirar fotos delas dentro do enxame umas das outras, mais constante mente uma saia da caixa da outra e retornava para a sua que estavam a mais ou menos 1,5 m uma da outra. Não havia saque como muitos dizem que ocorrem, seus alimentos não estavam sendo transportados de uma para outra (ou pelo menos eu não notava).
Isso ocorreu por um mês, e de repente a natureza se encarregou de voltar as coisas no lugar! É espantoso, mais nós nunca vamos entender como estás coisas ocorrem!

Outros exemplos:


(Uruçu Amarela e Verdadeira trabalhando nos discos de cria no mesmo enxame)



Um Abraço a todos!